Está é a época para renovar a pele antes de o verão chegar, a remoção das células mortas da superfície facilita a penetração das substâncias de tratamento, deixa a pele mais bonita e luminosa, com um mecanismo de ação anti-inflamatório e ‘inteligente’, os novos ativos clareiam a pele, porém sem agredi-la!
Os peelings podem ser químicos, à base de ácidos ou de uma associação deles, em concentração que variam. Eles removem células mortas, atenuam rugas finas, manchas e cicatrizes de acne. Os físicos, de cristal e diamante utilizam aparelhos para promover uma abrasão leve. Eles afinam a pele e facilitam a penetração de peelings químicos.
Para melasmas, a dermatologista Camila Vasconcelos indica peeling de cristal associados a um pool de ácidos clareadores como kójico, fítico e alfa-arbutin de rápida recuperação, e o ácido tranexâmico.
Outra combinação eficaz, segundo a especialista, reúne os ácidos ferúlico e hialurônico, retinol, Phloretin e fatores de crescimento. São peelings antioxidantes para rejuvenescimento e melhora da qualidade da pele.
A associação de diferentes tipos e técnicas de peeling é uma prática comum, mas dermatologista Renata Roxo alerta que é necessário conhecer bem o mecanismo de ação e a profundidade de cada um. “Também é importante entender a anatomia da pele, saber as indicações e contraindicações de cada procedimento, ‘ recomenda.
Peles mais claras e sensíveis tendem a ficar mais vermelhas e ardidas, enquanto a pele negra exige cuidado específico porque é mais propensa a manchas, devido à maior produção de melanina. Nesses casos, os mais indicados são os superficiais e os mecânicos.
Tanto os peelings químicos como o laser de CO2 podem ser aplicados no rosto e corpo, porém, com concentrações e energias que variam com a indicação, cor, espessura da pele e tamanho da área a ser tratada.
Novas Substâncias Tratam a Pele
O farmacêutico Nélson Maurício Júnior diz que o segredo dos tratamentos modernos é que os ativos dispõem de mecanismos de ação antiinflatórios e ‘inteligentes’, ou seja, clareiam a pele, porém sem agredir.
Metimazol, wonderlight, resveratrol, n-4-butilresorcinol (ActiCinol), TGP-2 peptídeo e extrato de alga (Neurolight) são algumas novidades que podem ser administradas em cremes, loções e fluidos para o tratamento de melasmas, sardas, machas senis e hiperpigmentação pós-procedimento, como laser, por exemplo. Sem contraindicação, são seguras tanto para peles brancas quanto para as negras e orientais.
Disponível em farmácias de manipulação, só para profissionais de estética, o peeling à base de Wonderlight é extraído do lúpulo, o mesmo usado na composição da cerveja. “ Tipo especial de flavonoide, o lúpulo é um potente antioxidante. Dentre suas ações benéficas, está o combate ao vai e vem das manchas. É uma das matérias-primas mais utilizadas no Japão, país bastante exigente quando o assunto é manter a uniformidade da pigmentação da pele, “ ressalta a farmacêutica Sara Bentler Vanzin.
Outra inovação são as enzimas naturais que promovem um tratamento não invasivo. A papaína (enzima do mamão), a bromelina (abacaxi) e a romã têm atraído cada vez mais adeptos por conta do resultado. “ O peeling de romã é usado com sucesso para diminuir a hiperqueratinização, deixando a pele mais lisa, brilhante e sedosa, ” observa o especialista.
A farmacêutica Paula Cavalcante destaca a associação da enzima extraída da abóbora (atenua linhas de expressão e sequelas de acne); das algas marrons (renovam e clareiam a pele); e do polietileno granulado (promove exfoliação física). Juntos, eles melhoram a textura, maciez e luminosidade cutâneas, tem ação antioxidante e hidratante.
A especialista diz que os peelings multibenefícios são uma tendência e podem combinar substâncias renovadoras, ativos clareadores e agentes esfoliantes. “ O Multifuncional AK Peel reúne ácido mandélico, ácido salicílico, gluconolactona e ácido lactobiônico para renovar e controlar a oleosidade excessiva de peles oleosas e acneicas, ” diz Paula Cavalcanti.
Já o Multifuncional Intense Peel reúne os ácidos lático e mandélico, a enzima da abóbora e algas azuis (Lanablue) para promover luminosidade e melhora da textura das peles desvitalizadas.
Recuperação depende de vários fatores
A boa recuperação e cicatrização da pele dependem da quantidade de glândulas sebáceas contidas na região. Quanto maior o número, melhor. A face tem um grande número de unidades pilossebáceas, enquanto as áreas do pescoço e colo, por exemplo, têm 30 vezes menos, e a mão e o antebraço 40 vezes menos.
“ O profissional deve sempre prestar muita atenção ao peeling que vai ser aplicado nessas regiões e à sua concentração para evitar surpresas desagradáveis, como cicatrizes, queloides ou ambos, “ ressalta Nélson Mauricio Júnior.
O farmacêutico esclarece ainda que é raro ocorrer esse tipo de problema na aplicação de peelings cosméticos, pois a concentração do ácido e o pH usado não permitem penetração na derme, o que garante uma cicatrização mais rápida e segura.
De modo geral, a providência básica durante e após um peeling é usar filtro solar, evitar a exposição ao sol e a locais quentes, como a proximidade do fogão. São contraindicadas substâncias abrasivas, que contenham álcool.
O ressecamento pode ser amenizado com hidratantes, mas apenas os prescritos pelo profissional porque alguns produtos podem arder e irritar a pele. Corticoides tópicos também podem ser recomendados.
A água termal ou o chá de camomila concentrado (ambos gelados) refrescam muito e podem ser utilizados para acalmar a pele e suavizar a vermelhidão. “ É importante não puxar a pele que está soltando. No consultório, a aplicação de máscaras e LEDs ajuda a atenuar o desconforto, “ ensina a Dra. Renata Roxo.
O peeling é um aliado na renovação da pele e contribui para a penetração dos ativos de tratamento, mas precisa ser indicado corretamente e aplicado por um profissional experiente.
FONTE: Les Nouvelles Esthétiques – ano XXVI – nº 146 – agosto 2015 – pág. 38 – 43.
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